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Marcos Sobrinho

Nos últimos 23 anos o Núcleo Marcos Sobrinho vem trabalhando de forma sistemática no campo da dança e performance, estabelecendo conexões entre o fazer/pensar arte contemporânea. Em sua trajetória tem sempre abordado as artes visuais e a música como estratégia para configurar sua pesquisa cênica.  No espetáculo En Bloq - interfaces de um corpo/poema, o escultor e pintor Alberto Giacometti, além de inspirar poéticas relacionadas à identidade do indivíduo contemporâneo, proporcionou para o interprete-criador a possibilidade de criação de uma dramaturgia corporal que foi reverberando em todos os sucessivos trabalhos realizados. Já com, El Puerto, O Ilha e Trajetórias Invisíveis a obra do artista plástico José Leonilson foi o ponto de partida para a criação cênica dessas perfromances. Na primeira e segunda fase do projeto, além de terem sido abordadas questões relacionadas ao rito de passagem vida-morte, foram experimentadas algumas relações entre corpo e objeto - sujeito e objeto.  Já em Dedicate deu-se início a uma investigação sobre a importância das <palavras/imagens> tão recorrentes nos trabalhos de José Leonilson e Bispo do Rosário.  Com o trabalho Um Poema para Carmen intensificou-se mais ainda a relação com a sonoridade trazendo um território cênico onde dança e música se instalaram com a mesma potência. E por fim para criar nosso último espetáculo presencial Prelúdio - preâmbulo para um outro rito de carnaval, tivemos como principal estímulo a poesia visual de Arthur Omar, no livro Antropologia da Face Gloriosa.  Neste trabalho foi feito um estudo de movimentos derivado das poéticas do carnaval, de suas diversas influências e rituais presentes no imaginário do povo brasileiro.

Em nosso percurso artístico percebemos a necessidade de reconsiderar os elementos essenciais da dança: o tempo e o espaço, o corpo e a voz, o seu potencial em movimento e a relação com a dramaturgia do trabalho. Continuamos investindo numa dramaturgia na qual a arquitetura da música contribui com novos aportes na relação imagem/dança/corpo sonoro para ampliar a potencialidade da poética sugerida com os temas abordados.

 

“Cada face gloriosa é um evento único e um enigma sem fim.

Em cada uma delas, não há somente aquilo que são, mas aquilo que fomos,

num instante tão breve que, para sempre, jamais saberemos.”

Antropologia da Face Gloriosa - Arthur Omar)

 

Resumo das performances realizadas nos últimos 23 anos

 

2020/2021

“Interlúdio - poemas para um outro rito de silencio” (vídeo-instalação)

2016/2017

“Prelúdio - preâmbulo para um outro rito de carnaval”

2014/2015

“Um poema para Carmen”

2011/2012

“O Baile ou entre imagens e não lugares”

2010

“Dedicate” - Contemplado pelo Sétimo Edital do Programa de Fomento à Dança

2009

Como criador-intérprete: “Pequenos Fragmentos de Mortes Invisíveis” - Coordenação: Vera Sala

2007/2008

“O Ilha” – Contemplado pelo Segundo Edital do Programa de Fomento à Dança

2006/2007

“El Puerto” - Contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna e pelo ProAC da Secretaria do Estado de São Paulo

2006

Como criador-intérprete: “Ascese - Pequeno Tratado sobre o Abismo ou o Jardim das Rochas” - Coordenação: Zélia Monteiro.

2005

“Quadris de Homem=Carne/Mulher=Carne”, Exposição: O Corpo na Arte Contemporânea Brasileira, Performance realizada no Instituto Cultural Itaú e no MAM [na] OCA, em São Paulo.

2002/2004

“En Bloq” – interfaces de um corpo/poema. Projeto criado para a mostra “Inconformados, Dissidentes e Performáticos”, SESC Vila Mariana. (Prêmio Estímulo à Dança 2003).

2001

“Um Diálogo Possível”.  Participou da Mostra Rumos Dança do Instituto Cultural Itaú e do Festival SESC Olhar a Dança em São José do Rio Preto.

2000

“Locus, Un Chant d’Amour”, concepção e direção de Marcos Sobrinho, espetáculo realizado com apoio da Bolsa Rede Stagium, participou da Segunda Bienal SESC de Dança, Santos (SP). I Encontro de Performance Política das Américas da UNIRIO (RJ).

1998

“Intersecção”, concepção, direção e execução de Marcos Sobrinho.

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