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Interlúdio - poemas para um outro rito de silêncio (2020/2021)
​Vídeo Instalação

Interlúdio - poemas para um outro rito de silêncio se propõe à aprofundar a pesquisa cênica iniciada nos processos de criação anteriores, revisitando alguns trabalhos antigos, porém, com ênfase na dramaturgia das performances “Um Poema para Carmen” e “Prelúdio - Poemas para um outro rito de carnaval". Estes estudos coreográficos lançaram um breve olhar sobre a experiência cênica e visual dos seguintes criadores – Carmen Miranda e Arthur Omar (especificamente através dos livros Antropologia da Face Gloriosa e Antes de VER Fotografia, Antropolgia e as Portas da Percepcao). Nosso desejo continua sendo o de experimentar outro registro de historicidade que trata nosso repertório como acervo de possibilidades - uma ideia que permite pensar memória como construção permanente mais também transitória. Neste sentido, há sempre um interesse em rever o potencial do passado, abrindo caminhos para buscarmos outros lugares de escuta - de afetos - de fala. Corpo-manifesto resistindo, reinventando novos espaços, virtuais ou não, como forma de sobrevivência. Corpo-poema como lugar de reflexão, de recomeço, de reminiscências...

A dramaturgia experimentada nestes últimos anos continua construindo neste <lugar de fala> pequenas paisagens cênicas onde sujeito, imagem e objeto se fundem cada vez mais, propondo com isso, possibilidades de reflexões sobre a ausência, a pequenez do homem e suas novas condições para se adaptar ao mundo - a esse momento tão delicado em que vivemos com o surgimento dessa pandemia, onde quase todos nós somos obrigados a parar, a olhar pra nós mesmos. São respiros, um descansar da nossa própria individualidade, de nossas zonas de conforto, um grito – um rito para não deixarmos de exercer nossa verdadeira vocação que é existir através da arte.

FICHA TÉCNICA

Concepção, Direção e Performer: Marcos Sobrinho | Designer Audiovisual: Teo Ponciano | Figurino: Tereza Monteiro | Sensibilização Corporal: Ciça Ohno | Assistente de Câmera e Fotos: Fellipe Oliveira | Produção Geral: MoviCena Produções - Rafael Petri 

 

Agradecimento a todos os artistas que passaram pelo Núcleo de Dança e Performance Marcos Sobrinho:

Pin Nogueira, Luís Ferron, Hernandes de Oliveira, Talita Alcalá Vinagre, Jessé Siqueira, Renato Fagundes, Paulo Henrique Alves, Paula Grinover, Rubia Braga, Ricardo Barreto, Priscila Maia, Josafá Filho, Valquíria Rosa, Sérgio Vila Franca, Luiz Cláudio Sousa, Edson Silva, Rafael Heiss, Franck Oberson, Maurício Gerace e Tatiana Guimarães.

 

Agradecimento especial a Oficina Cultural Oswald de Andrade - Valdir Rivaben e Marcus Moreno, a Eunice Ermel, Espaço Caminho de Casa e ao Portal MUD - Talita Bretas.

 

Projeto contemplado pelo ProAC Lei Aldir Blanc 48/2020 - Governo Federal, por meio da Secretaria Especial da Cultura | Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
 

Prelúdio - preâmbulo para um outro rito de carnaval (2016/2017)

Como um poema sonoro criado por uma bateria de escola de samba onde a própria bateria é o espaço, Prelúdio propõe, através de algumas imagens sobre o rito do carnaval, encontradas inicialmente no livro de Arthur Omar “Antopologia da face Gloriosa”, um estudo de movimentos derivados do samba, de suas diversas influências e rituais presentes no imaginário do povo brasileiro. Se em Um Poema para Carmen a dramaturgia atravessou o samba através dos gestos sonoros de Carmen Miranda, aqui, esse mesmos gestos sonoros abre caminho para passearmos no universo do carnaval e suas infinitas possibilidades e aproximações com raízes rítmicas afro-brasileiras.

É importante mencionar que o interesse na obra de Arthur Omar passa também por algumas reflexões que as ações cênicas do Núcleo Marcos Sobrinho vêm propondo, como por exemplo, a relação entre imagem e som, entre imagem e poesia no fazer contemporâneo. São construções de metáforas visuais, voltada para a busca de um novo recorte ou esboço de imagens que atravessam o rito do carnaval.

Território cênico onde gesto, música e poesia visual se instalam com a mesma potência, onde uma possível dança/dramaturgia, por vezes camufla-se, diluindo possíveis hierarquias - campo de atravessamento de linguagens cavando no corpo de cada criador-intérprete um lugar que o permita vivenciar a teatralidade das imagens - dos afetos sem barreiras, sem preconceitos.

FICHA TÉCNICA

Concepção e Direção e Coordenação Geral: Marcos Sobrinho | Intérpretes Criadores: Marcos Sobrinho, Talita Alcalá Vinagre, Paulo Henrique Alves e Rúbia Braga | Provocação: Luis Ferron | Figurino: Tereza Monteiro | Criação Luz: Rafael Petri | Designer Audiovisual: Teo Ponciano | Produção: Rafael Petri (MoviCena Produções)

Um Poema para Carmen (2014/2015)

“Um poema para Carmen” é um espetáculo de dança contemporânea sobre o universo de Carmen Miranda (1909-1955), desenvolvido pelo Núcleo de Dança e Performance Marcos Sobrinho. Pautada por experimentações no campo da dança, das artes visuais e da música, a performance estimula uma reflexão sobre os estereótipos e arquétipos que envolvem o imaginário popular a respeito desta artista-mito, um ícone da cultura brasileira, que conquistou sucesso internacional e estabeleceu, nas representações contidas em sua imagem, músicas e performance, relações com a identidade nacional. “Apesar de ser uma cantora, quando falamos em Carmen Miranda, nossa memória nos remete primeiro a sua imagem emblemática; lembramos dos figurinos e dos símbolos presentes em seu trabalho”, ressalta o bailarino. Marcos Sobrinho parte de um objeto – o figurino que se transforma em cenário – para explorar a relação entre visual e movimento. Não por acaso, as células coreográficas nascem a partir da dificuldade que o próprio figurino impõe. 

“Carmen conquistou o mundo com seu modo de expressão singular que logo a fixou numa idéia de brasilidade - quase um clichê do que é ser brasileiro -, da qual não pôde mais escapar, e o trabalho traduz um pouco disso também”, revela Marcos Sobrinho. A trilha sonora do espetáculo traz músicas originais reproduzidas na voz da cantora e outras interpretadas ao vivo pelo próprio Marcos Sobrinho na companhia dos músicos Luiz Cláudio Sousa, Edson Silva e Franck Oberson, em uma releitura jazzística. Ao perpassar um tipo de memória que se sustenta, sobretudo, por meio da invenção de um campo de vivências e atravessamentos que compõem um registro para além da vida de Carmen Miranda, “Um poema para Carmen” faz expandir não somente os sentidos decorrentes de uma ideia de brasilidade, mas, principalmente, de um modo poético de lidar com a vida.

FICHA TÉCNICA

Concepção, Dramaturgia e Performance – Marcos Sobrinho | Músicos - Luiz Cláudio Sousa, Edson Silva e Franck Oberson  | Intervenções Dramatúrgicas - Talita Alcalá Vinagre | Figurino – Tereza Monteiro | Criação de Luz - Rafael Petri | Design Audiovisual -Téo Ponciano | Produção: MoviCena Produções (Rafael Petri) | Direção Geral - Marcos Sobrinho

Trajetórias Invisíveis (2013)

O Trajetórias Invisíveis dá continuidade ao processo de pesquisa iniciado com O Ilha (2008). Foi originalmente feito para um grupo de quatro bailarinos, mas em 2013 ganhou uma versão em formato solo. Através da experiência cênica que tivemos com a reconfiguração desta performance vivenciou-se um estado corporal que nos permitiu pensar o corpo como um território onde matrizes são reinventadas, onde lugares desconhecidos potencializam um esvair da memória, um perder-se para descobrir novas possibilidades de se adaptar ao mundo. 

FICHA TÉCNICA

Concepção, Dramaturgia e Performance - Marcos Sobrinho | Intervenções Dramatúrgicas - Talita Alcalá Vinagre e Pin Nogueira | Espaço Cênico e Luz - Rafael Petri | Designer Audiovisual – Téo Ponciano | Produção Geral - MoviCena Produções | Direção Geral - Marcos Sobrinho

O Baile ou entre imagens e não lugares (2011/2012)

O BAILE OU ENTRE IMAGENS E NÃO LUGARES tem como ponto de partida o filme O Baile, do diretor Ettore Scola.  O  espetáculo é um ato de reação criativa à poética do cineasta que em suas distintas criações sempre fomentava reflexões sobre as relações entre a palavra e a imagem.  São essas reflexões que inspiraram o bailarino a visitar uma questão que já vem permeando a pesquisa em seus trabalhos anteriores, que é a potência e a insuficiência das palavras na comunicação cênica.  Inspirado também pelo livro Não-Lugares, do sociólogo Marc Augé, o espetáculo desvela aos poucos espaços de encontro, desencontro, passagem, onde os criadores-intérpretes constroem pequenas relações a partir de suas solidões, seus abismos, prazeres, permitindo ao público transitar entre esboços de imagens, memórias perdidas, inventadas...

FICHA TÉCNICA

Concepção e Dramaturgia: Marcos Sobrinho | Performers: Josafá Filho, Renato Vasconcellos, Marcos Sobrinho e Priscila Maia | Músico-Performer: Jessé Siqueira | Intervenções Dramatúrgicas: Pin Nogueira | Pesquisa Sonora: Valquíria Rosa | Dramaturgia Corporal: Neide Neves | Criação de Luz: Rafael Petri | Criação de Vídeo: Tatiana Guimarães | Direção de Arte, Cenografia e Figurino: Hernandes de Oliveira e Marina Zumi | Assistente de Produção: Rodrigo Leão do Norte

Dedicate (2010)

A criação cênica propõe um dialogo entre os universos dos artistas plásticos José Leonilson e Arthur Bispo do Rosário. Nesta terceira parte da pesquisa, iniciada com os espetáculos “El Puerto” e “O Ilha” partimos de uma questão que transita no fazer artístico destes dois artistas que é a insuficiência e a potência das <palavras-imagens>.

FICHA TÉCNICA

Concepção, Dramaturgia e Performance - Marcos Sobrinho | Assistente de Direção - Pin Nogueira | Intervenções Dramatúrgicas - Talita Alcalá Vinagre | Direção de Arte/Cenografia/Figurino - Hernandes de Oliveira e Marcos Sobrinho | Criação e Operação de Luz - Rafael Petri | Designer Audiovisual - Téo Ponciani  | Produção - Jane Mario | Adaptação de Texto/Voz e Direção Geral - Marcos Sobrinho | Créditos para o Vídeo - Cenário de Tatiana Guimarães

O Ilha (2007/2008)

O trabalho dá continuidade ao processo de pesquisa iniciado com El Puerto, em 2006. Um conjunto de sonoridades cria uma ambientação única que constrói pequenas paisagens cênicas onde objeto e imagem se funde configurando um corpo - um corpo-poema que constrói pequenas paisagens cênicas que possibilitem reflexões sobre a ausência, a pequenez do homem e suas novas condições de se adaptar ao mundo contemporâneo.

FICHA TÉCNICA

Concepção, Dramaturgia e Performance - Marcos Sobrinho | Elenco - Marcos Sobrinho, Paula Grinover, Pin Nogueira e Ricardo Barreto | Cenografia e Iluminação - Hernandes de Oliveira | Assistente de Iluminação: Rafael Petri | Figurino - Anne Cerutti | Pesquisa Sonora - Sérgio Villa Franca | Produção - Marcos Sobrinho

El Puerto (2006/2007)

O espetáculo trabalha com dois tipos de referências. A primeira vem da última instalação de José Leonilson na Capela do Morumbi, em 1993. A segunda, já vem do campo da literatura com o conto Lázaro (1970), de Hilda Hilst (1930-2004). A performance procura lançar uma reflexão sobre a passagem do tempo e o sentido da morte para o homem contemporâneo.

FICHA TÉCNICA

Concepção, Dramaturgia e Performance - Marcos Sobrinho | Músico Performer - Jessé Siqueira | Intervenções Dramatúrgicas - Pin Nogueira | Iluminação - Hernandes de Oliveira | Cenário e Figurino - Anne Cerutti | Produção - Marcos Sobrinho

En Bloq (2002/2004)

Locus, Un Chant d’Amou (2000)

Intersecção (1998)

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